sexta-feira, julho 11, 2008

Alive 08 / Tempo de Entrada

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Custa-me a perceber que num Festival como o Optimus / Alive 08, depois de as entradas estarem abertas há mais de duas horas, existam multidões de milhares de pessoas, paradas, à boca da primeira linha de segurança, antes da entrada principal. Não percebo também como é que não existam indicações, para essa mesma multidão, para onde se devem dirigir ou, como se devem organizar, para entrarem em fila mais à frente. Não percebo também como, depois de passarem a segurança para verificação de mochilas, ninguém indique que se possuírem bilhete para um dia ou para três dias os procediemntos são diferentes. Não. Primeiro, as pessoas dirigem-se ao primeiro portão e dizem-lhe que ali é só para os bilhetes de um dia e para seguirem para o segundo portão. No segundo portão, dizem-nos que afinal é ali mas antes disso têm que dirigir-se, apontando para uma multidão desorganizada, "ali" para lhes darem as pulseiras. Nesse aglomerado, de centenas de pessoas, não se percebe quem está em último, para onde se dirigem, o que está à frente, se há ou não grades a dividirem as filas. Também não existia ninguém da segurança ou indicação a ajudar ou a organizar as filas. Ficamos ali, a tentar adivinhar o que se passa à frente. E o que se passa à frente são TRÊS PESSOAS, sim, TRÊS PESSOAS, para a verificação dos bilhetes e para a colocação de pulseiras nos pulsos das centenas que aguardavam a sua vez.

No meu caso, ontem, depois de ter que ausentar-me do trabalho bastante mais cedo, devido aos horários dos concertos que queria ver, estava à entrada do recinto ás 18:45 mas quando entrei eram 19:25. O que se traduziu em apenas poder ver/ouvir dois temas dos Vampire Weekend, pela inexplicável desorganização e caos que ocorreu à porta do Alive 08, a essas horas. Nesta situação, estiveram milhares de pessoas e estas são faltas que não se admitem em espectáculos com esta envergadura e com bilhetes a um preço bastante exigente para a disponibilidade da maioria das pessoas que vão a eventos com estas características.

Também é pena que a maioria da classe jonalística se remeta ao silêncio no relato destas questões, mesmo apercebendo-se delas.